Sunday, May 20, 2007

Vento

É início de tarde e
O sol distingue-se tímido no meio das nuvens.
Então, sinto a rebeldia do vento a bater forte lá fora.
Está inconformado, palpita inquietação no seu uivar.
Sinto-o agora frio a atravessar-me a pele.
É curiosa a sensação que me desperta -
Refresca-me.
Abandono-me nesse sentir
Como um animal em cativeiro
Que em noite de trovoada, deixa o seu refugio
Para receber a tempestade com todos
Os seus sentidos em alerta.
E o vento, aparentemente incontrolado,
Traz consigo a tranquilidade
Que ternamente me vem beijar.

Lisboa, 20 de Maio de 2007

Carla Mondim

2 comments:

Anonymous said...

curiosamente no dia 20 sentimos o vento no rosto de forma intensa, estávamos na chamada praia do norte (do outro lado da nazaré) com acesso difícil pelo Sítio/Farol, mas aquele local merece uma visita porque convida à contemplação da poesia, na éscrita das ondas***
paula e rui lima

CMondim said...

Obrigada pela dica caríssimos :)
o movimento das ondas murmura de facto mts poemas.
bjs