Friday, June 29, 2007

Poesia

Poesia é liberdade.
É navegar nas ondas da vontade,
É adormecer tranquilamente ...
Sobre uma ideia, um sentir ou um pensar.
Não é compromisso, pode ser pesar ou amar.
Pode ser apenas tocar o invisível,
Ou mesmo o intangível.
Pode ser brincar, pode ser um choro doído,
Pode ser um coração caído
No chão.
Eu quero voar e voar ...
E a poesia permite-me dançar
Em harmonia com o sol e o mar
No horizonte.

Lisboa, 29 de Junho de 2007-06-29

Carla Mondim

Thursday, June 28, 2007

Dualidades

Destaco-me do meu corpo
E olho para o mundo:
Vejo a dualidade.
E pergunto-me - o que é a verdade?
Há o preto e o branco,
Há o ódio e há a amizade.
Distraio-me com a polaridade.
Sem uma parte não se conhece a outra.
Sem a dor não se entende a tranquilidade,
Sem a mentira não se percebe o valor da verdade.
Sem a escuridão não se valoriza a luz.
Vivo a dualidade e destaco-me dela
Como de uma paradigma que me ensina a escolher.
Agora sinto-me mais livre, mais forte,
Com mais vontade de viver.


Lisboa, 28 de Junho de 2007

Carla Mondim

Monday, June 25, 2007

Idílio

Toca-me o vento na face
Como quem beija com ternura,
E abraça-me o sol com o seu calor.
Recebe-me o mar nos seus braços
Envolvendo-me na espuma das ondas.
Estende-me a relva um manto
Onde descanso absorta.
Massaja-me a areia os pés
Com doçura.
Saúdam-me as gaivotas contentes
Ao voarem com as suas asas
Orgulhosamente estendidas sobre mim.
Os pinheiros perfumam o ar à minha volta
E nos teus braços me entrego
Porque, enfim percebo, que és tu
O vento, o sol, o mar....

Lisboa, 25 de Junho de 2007

Carla Mondim

Thursday, June 21, 2007

Solstício de Verão

O sol atinge o zénite
e a luz invade-me o corpo.
Inspiro o ar serenamente,
Abraço o universo e neste abraço
Encontro-me contigo.
Brincamos os dois
Com os pés descalços na areia,
Enquanto as ondas do mar
Nos cumprimentam com suavidade.
Rimos com os olhos e somos um
Com o todo.

Lisboa, 21 de Junho de 2007

Carla Mondim

Thursday, June 14, 2007

Viagem

Imersa na actividade rotineira
De um dia de trabalho
Fico queda e questiono -
Qual é o sentido da vida?
O sentido de todo o sistema solar?
Queria viajar no espaço
Com a velocidade do pensamento,
Mais - queria voar
Até um sítio próximo de ti.
Queria que não existissem barreiras de qualquer tipo.
Queria estender o braço e
Encontrar a tua mão e
Estender o outro e encontrar-me
No teu abraço.
Queria cheirar o perfume das flores,
Queria abraçar o mar,
Queria dançar com o vento.
E com este pensamento
Já descansei no teu abraço, já voei e voltei
Mais alegre a mim.

Monday, June 11, 2007

Ressurreição

Depois de um longo sono
Acordo de uma noite sombria,
De uma meia morte e
De um luto quase perene.
Mas agora é dia
E vejo-te no horizonte.
Os nossos olhares encontram-se
No sorriso que nos nasce no coração.
Fiat lux!
A vida sorri-nos e o mundo é nosso!

Lisboa, 11 de Junho de 2007

Carla Mondim