Nos ramos a bambolear
Está o animal rastejante a querer voar.
Quando nasceu disseram-lhe ser ave
Passando os dias a mirar o céu
À espera que as suas asas crescessem.
Uma ocasião subiu trôpego a uma árvore
E com um passo hesitante equilibrou-se num ramo.
Aí ficou quedo, captando o mundo com alma de pássaro.
Nesses dias sentiu a liberdade nas asas do coração.
O seu olhar fitou o céu como quem voa,
Sentindo o vento a bater-lhe de mansinho
E as nuvens a oferecerem-lhe o desejado ninho.
Do topo da árvore, da qual já não desce até à terra,
Passa os dias em voo contínuo, em eterno êxtase,
Abraçando o céu!
Lisboa, 01 de Outubro de 2007
Carla Mondim
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6 comments:
E ao rebentar as correntes do pensamento fez-se asas de corpo celeste e voou mais livre e belo que qualquer pássaro a quem Deus ofereceu as torrentes de ar... um beijo grande, amiga!
Muito bonito, o teu poema.
Beijinhos
Pricepezinho esse que invadiu o teu poema.
Bj.
O espírito é útil nas pequenas coisas da vida, o coração é necessário nas grandes».
C. Diane
Interessante e sgestivo o poema. Gostei muito. O voo é sempre recompensador e libertador.
Puxa, o meu blog já chegou à Madeira!
Sinto-me lisonjeada :)
bjs a todos os leitores da minha poesia!
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