Quero escapar do ruído
Das pessoas
E mergulhar no som
Das ondas do mar
Quero fugir da repetição
Do disco de vinil riscado
E abraçar a melodia da chuva a cair
Quero ignorar o burburinho
Das vozes humanas
E dar atenção aos gritos das gaivotas
Quero não perceber a maledicência
E escutar o som fresco da cachoeira
Quero refugiar-me do diz-que-disse
E encontrar-me na música das cigarras
Numa noite escaldante de verão
Quero um momento de silêncio eterno
E esquecer-me dos ruídos que me ferem os ouvidos
E secam por dentro
Quero regar-me de luz
Num frágil momento sem dissonância.
Lisboa, 16 de Maio de 2008
Carla Mondim
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1 comment:
Urge, cada vez mais, encontrar lugares e tempos de silêncio, no bulício infernal da via láctea, para resguardo e sobrevivência a todo o tipo de poluição gritante.
Beijinhos.
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