Saturday, November 3, 2007

Estar sem tempo

Do meu quarto vejo o mar
Estico as asas brancas
Chegou a hora de voar
Lá bem alto beijo o céu
Rodopio
Sou livre agora
Quero num instante beber o frescor
Da liberdade
Do estar sem tempo
Volto-me para dentro
E vejo o meu jardim interior
Sorris-me nos olhos e dás-me a mão para brincar
Descalços a sentir a terra sou leve como o ar
O som da ribeira acalma
Chamam os passarinhos a alegria
E brilha uma luzinha onde está o coração.

Lisboa, 3 de Novembro de 2007

Carla Mondim

5 comments:

spring said...

olá carla mondim!
regressados de férias, estamos a pôr a leitura e a escrita em dia:)
a produção poética po aqui continua em grande forma, gostámos imenso deste "Estar sem tempo".
beijinhos
paula e rui lima

Ad astra said...

Podes mandar um destes passrinhos que chamam a alegria para aqui?

Que poema tão cheio de frescura e tranquilidade...

O Profeta said...

Arranquei as cordas à viola
Calei este altivo tambor
Emudeci meu prazenteiro canto
Sou tecelão de sentires no vale do desamor


Bom fim de semana


Mágico beijo

CMondim said...

Obrigada pelas doces palavras.

Bjinhos mágicos para todos ;)

Memória transparente said...

"Volto-me para dentro
E vejo o meu jardim interior"

Lindo.