Quero calar em mim
O ruído de baixa frequência
Que não é audível,
Mas que perturba.
Quero calar em mim
A ânsia de abraçar o mundo
Com o instinto maternal
De quem vê o filho a sofrer.
Quero calar em mim
Esta fúria de quem se depara
Com um aglomerado baço de valores.
Quero calar em mim
O desejo de pintar o mundo de amor.
Quero calar em mim
O pensamento que me corrige o instinto.
Quero calar em mim
A impaciência, a inquietação
de quem sente um coração a chorar solidão.
Quero calar em mim
O ímpeto de redesenhar a realidade.
Lisboa, 15 de Novembro de 2007
Carla Mondim
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1 comment:
olá carla mondim!
belo poema! reinventar o mundo é preciso e com ele o silêncio do olhar que ilumina a estrada que nos conduz ao paraíso perdido.
beijinhos
paula e tui lima
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