Não me firas no coração,
Fere-me só de raspão.
Não me mintas com palavras,
nem me faças promessas.
Não te despeças de mim
como quem vai de viagem.
Diz-me adeus para sempre
Sem olhares para trás.
Sei que tudo é fugaz
como a vida no momento
em que a morte te reclama,
Em que a chama se apaga,
Em que se eclipsa o luar
No céu onde as estrelas não estão.
Não me firas no coração,
Não me jures amor.
Vai-te embora,
Fere-me só de raspão.
Lisboa
Carla Mondim
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4 comments:
Mas se te ferirem, Carla, na dor que parece insuportável, vais saber renascer mais forte, e tens toda a tua vida pela frente, e tens-me a mim por amiga, aprendiz de amizade nova e pura, e serás aquela que... e então verás como nunca viste, e terás compaixão de quem não vê. Um beijo muito especial, querida amiga.
Eu, cá o joaquim, gosto mesmo é de anestesia geral, operação de corpo aberto. Há lá maior emoção que uma operação ao coração?
De raspão, uma pequena escoriação, isso sara depressa... :)
Mas que o poema está bonito, isso está!
Ao ler o teu poema, vei-me à memória um dos filmes da minha vida, a obra prima de Vincente Minelli, "Some Came Running" e isso por si só é um grande elogio.
Parabens Carla.
Bj.
meus queridos, a verdade é q ser capaz de amar implica necessariamente tolerar eventuais feridas e respectivas dores...
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