Sou planta sem raízes.
Rogo alimento
Às palavras, às formas, às cores,
Aos sons que me enchem de sabores,
Que me livram do sofrimento
Do niilismo, do nada no vazio.
Os pulmões cheios de fastio
Inspiram longamente
Na busca premente de vida.
Aqui e ali pontos de luz,
Ténues, cadentes...
Sorvo sofregamente
Uma ideia que me nutre.
Agora sou alma viçosa,
Rosa graciosa,
Até que estenda novamente os braços
Para receber o húmus do espírito.
Lisboa, 05 de Setembro de 2007
Carla Mondim
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7 comments:
O regresso a doce e amarga vida continua. Sempre mais e melhor Húmus.Verde Coração. EC
Olá Carlinha,
Tu és planta viva, mas com raízes :) bem viçosas e fortes. Beijos
Belo húmus!
olá joana!
este é um dos mais belos poemas que foram publicados neste espaço, excelente para a primeira página de um livro de poemas, na nossa modesta opinião.
no fim de semana já deveremos ter o outlook, depois damos notícias.
beijinhos e bom fim de semana.
paula e rui lima
Que os teus braços se voltem a estender quanto antes. Porque SIM.
Bom fim de semana.
Beijinho
Muito bom o teu poema. Gostei.
Beijinhos
Belo poema, parabéns. Adorei!
Quanto à pergunta que me fazes, eu sonhei que assim tenha sido, mais nada. Quanto ao Papa, eu não digo no texto, rigorosamente nada.
Aliás, nem se escreve papa com letra pequena.
É apenas uma chamada de atenção um tanto curiosa, porque os pais da menina andaram por lá. O resto, como deve ser, deixo à consideração de todas as imaginações.
Abraços.
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