Thursday, January 25, 2007

Os Gatos

Que graça quando se movem,
Que olhar tão puro.
Quão dócil o seu chamego,
Quando me acarinham
Mostrando-me o seu apego.
Sempre presentes,
Sempre fieis,
Sempre verdadeiros.
São os primeiros
A sentir o que me vai na alma,
E a transmitir-me a calma,
Que me amacia,
Que me adoça.
O que de mim seria,
Sem o seu miminho,
Tão quentinho,
Quando preciso de calor,
Para me afagar o coração
Suplicante, e
ávido de amor.
Que alegria,
Quando regresso a casa.
O espaço enche-se de luz,
De vida, de cor.
Sim, são os meus gatos,
Que me aliviam da dor,
Que me preenchem a alma,
Dos dias vazios,
Das noites frias,
E das vigílias, sem fim.
Ai, mas um olhar vosso,
Tão doce e sincero,
É tudo o que quero,
Para voltar a mim.

Lisboa, 25 de Janeiro de 2007

Carla Mondim

2 comments:

Fernanda said...

Tu és uma mulher surpreendente.. digamos mesmo uma mulher imparável!! :)))

Fernanda.

Unknown said...

Fizeste lembrar-me dos gatos que tive, com muita saudade...
É preciso compreender os gatos para os amar. Nem todas as pessoas os compreendem. Não entendem a sua independência e o seu gosto pela liberdade. Há quem diga que são traiçoeiros mas, na verdade, são mais leais e sinceros do que a maior parte daqueles que os criticam...